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sábado, 8 de setembro de 2012

Teenage Dream - 1ª Parte - 21º Capítulo

Eu: O que você fez? O que está acontecendo?
Nathalia: O Gustavo e eu já ficamos.
Eu: O que? Você nunca me disse... Espera... O Gustavo é o menino...
Nathalia: Que tirou o meu BVL, exatamente! Foi com esse Gustavo que eu fiquei na festa da Sabrina, que você não foi, pois estava de catapora.
Eu: Mas, é esse Gustavo, mesmo? Como você sabe? Quer dizer, foi há um bom tempo, então... Ele deve ter mudado muito!
Nathalia: Ele não mudou nada... Continua o mesmo Gustavo.
Eu: Mas, por que você não me disse? Eu não sabia... Se eu soubesse que você gostava do Gustavo, não teria beijado, ele, Nath, desculpa, mas eu não sabia! Eu nem desconfiava...
Nathalia: Não teria beijado ele? Como assim? Você ficou maluca? Por que?
Eu: Ué... Beijar um garoto que sua melhor amiga já beijou é um pouco estranho, não?
Nathalia: Claro que não, Ju! Eu nem gosto dele... Que coisa!
Eu: Não gosta? Não gosta, mesmo?
Nathalia: Claro que não, amiga, não viaja, Juliana!
Eu: - odeio quando a Nathalia fala: Não viaja! AFF! – Não viaja? Não estou viajando, Nathalia, apenas te perguntando, né? Se você ainda tivesse uma quedinha por ele... Quem sabe rolasse alguma coisa entre vocês dois, né? – sugeri... Apesar de não estar gostando nem um pouco da conversa.
Nathalia: Rolar alguma coisa? O que??? Em que planeta você está?? No Terra, não parece, né Juliana! Pelo amor de Deus! Você está vendo coisas... O que está rolando é você e ele, só isso. Por favor, não me meta em uma situação dessas.
Eu: Ah, sei... Tá bom, então, né? Não quer contar pra sua melhor amiga... – me fiz de vitima pra ver se saia alguma da boca daquela guardadora de segredos secretos e bombásticos!
Nathalia: Contar o que? Fala sério... Olha, acho bom eu dormir, viu?
Eu: Oh-oh, o sono apareceu agora, foi? Que bom...
Nathalia: Ha-ha-ha dona engraçadinha.
Eu: É, né? Vamos dormir, então...

...No dia seguinte...

Nathalia: Bom dia, bom dia! – olha o que apareceu na porta, pra você?
Eu: O que?
Nathalia: Flores lindas. Tulipas! Como você gosta! Acho que foi o Pedro... Ele te conhece como ninguém. Ah! Não li o cartão ainda.

Eu estava ouvindo tudo o que Nathalia estava falando, mas vendo nada... Nem tinha conseguido abrir os olhos, ainda. Mas, que flores são essas? Ah! Claro... Devem ter sido do Pedro, pra me pedir desculpas, pois está arrependido e blá, blá, blá, blá, blá...

Eu: Flores... Nossa! – eu disse, pegando-as e abrindo o cartão. Resolvi ler em voz alta. – “Ju, me desculpa pelo que eu fiz... Você tinha terminado com o Pedro e tal, estava muito recente pra você está pronta pra outro relacionamento, você tem toda a razão. Mas, eu só penso nesse beijo, eu só penso no que aconteceu ontem... Eu só penso em você! Você não sabe o quanto eu gosto de você... Eu espero que você pense melhor e quem sabe depois a gente não assume o namoro? Beijos... Gustavo.”.
Nathalia: Uau... Uau... Uau... Sem palavras!
Eu: Vou me encontrar com ele. Eu quero deixar bem claro que por agora eu não quero nada... Ele está com esperanças, eu vejo pelo cartão!
Nathalia: Você é quem sabe, Ju. Eu não interfiro em mais nada, viu? Daqui a pouco não dá certo e eu que sou a culpada.
Eu: Que nada, Nath! Culpada? Você? Não, não...
Nathalia: Faz o que você quiser, amiga. Eu não vou impedir...
Eu: Sério? Quer dizer... Não vai mesmo impedir? Jura? Caramba, Nath! Mudada, hein?
Nathalia: Não, não... Não mudei, eu apenas concordo com você, só isso.
Eu: Hahaha! É piada, né? Você, Nathalia, concorda comigo, Juliana?
Nathalia: Sei que isso é raro, mas acho que você está fazendo a coisa certa mesmo.
Eu: Obrigada, dona Nathalia.

Levantamos da cama, tomamos café e tomamos banho. Agora, realmente prontas para falar com o cretino e cínico do Pedro.

Chegamos na casa dele.

Nathalia: Tem certeza? É só apertar esse botãozinho aqui. – ela disse apontando para a campainha.

Eu: Que Deus me abençoe, que seja a escolha certa... – eu disse. Um segundo depois, apertei a bendita campainha.

Pedro: Bom dia. – ele disse. Carinha de anjo, como se fosse a vítima, o inocente da história... Ah! Nada mais me engana, viu?

Eu: Bom dia. Eu não vim aqui pra brigar e nem pra discutir com você.

Nathalia: Viemos conversar. – ela disse.

Pedro: Entrem. – ele disse sério. Provavelmente, com medo ou assustado... Sei lá.

Nathalia: Pedro, primeiramente, não sei se será possível, mas seja muito honesto e sincero conosco. Não estamos aqui brincando. Viemos conversar sério com você. Sei que é um pouco difícil, mas seja sincero com a gente.

Pedro: Você acha que eu menti em tudo? Não. Eu não menti quando disse que amava...

Eu: Chega! Até agora, me arrependo de ter vindo pra ouvir mais as suas mentiras...

Pedro: Vamos deixar uma coisa combinada. – ele disse, sério. – Você fala tudo o que tem de falar e eu escuto sem nenhum tipo de interferência. Depois, eu falo e você faz o mesmo: escuta sem interferir em nada! Combinado?

Nathalia: Combinado! – disse por mim. Droga! Agora que ela já falou, tenho que dizer tudo e depois escutar muita coisa...

Eu: Vou começar. Eu vou deixar uma coisa clara, aqui e agora. Eu sempre amei você, sempre! Mas, agora eu estou é com vontade de vomitar, mas aguento a situação por mim, pois se eu não te falar tudo o que está entalado aqui na minha garganta, acho que morro engasgada!

Pedro: Eu também te amo! Sempre te amei, sempre vou te amar! – interferiu.

Nathalia: Qual parte do “nenhum tipo de interferência não está claro pra você? Você mesmo que disse... 

Eu: Obrigada, Nath. – falei, virando-me pra ela. Olhei pra ele, novamente. – Continuando. Você errou duas vezes: mentiu e me enganou. Aquela aposta era tudo o que eu não esperava de você, Pedro! E aquela declaração de amor que você fez na festa da Mariana? Foi tão linda... Eu queria que tivesse sido verdade e...

Pedro: Foi verdade, eu...

Eu: Não dá certo conversar com você! Mas, que merda!

Nathalia: Juliana. Tenta se acalmar e não falar palavrões, por favor.

Eu: Tudo bem... Me desculpe. – realmente me irritei. Mais calma, resolvi falar. – Então. Como você foi capaz de me enganar? Por que? Fazia parte do plano enganar a idiota aqui? Fazer ela de besta? Em? Pelo amor de Deus... Apostar, enganar e mentir está na moda é?

Pedro: Não...

Eu: Está parecendo. Tá todo mundo fazendo isso, agora. Você, Marcelo... Por que comigo? Pedro. Eu te amei demais, você não tem noção do quanto! Eu estava feliz, eu estava bem... Todos os dias! – notei que ele deu um sorrisinho. Mas, não era um sorrisinho qualquer e não era um sorrisinho falso... Era um sorrisinho verdadeiro... Um sorrisinho demonstrando o verdadeiro Pedro que eu não conhecia...

Pedro: Terminou?

Eu: Pode falar, se eu me lembrar de alguma coisa, no final eu falo. – disse, quase chorando.

Pedro: Ju... Quando eu dizia que te amava, eu não estava mentindo. Eu não estava mentindo. Quando o Marcelo inventou essa aposta, eu não sabia que me apaixonaria de verdade...

Eu: Ah! Conta outra...

Nathalia: Juliana! – me deu um beliscão.

Eu: Tá... – falei, abaixando a cabeça. Olhei pra ele.

Pedro: Então. Eu me apaixonei mesmo. Sei que você não vai acreditar em mim, mas essa é a verdade. Você pode não acreditar, mas eu estou falando a verdade. E eu não consigo tirar você da minha cabeça. – ele fez um carinho no meu queixo. Tirei a mão dele, rapidamente. – Eu sinto tanto a sua falta! Eu não consigo te tirar da minha cabeça, não consigo parar de pensar em você... O Marcelo estava morrendo de raiva de mim, inclusive... E até me espancou. – ele levantou a... a... a... cami... camise... camiseta... e eu vi o machucado que o outro cretino fez nele.

Eu: - suspirei – Por que ele está com raiva de você?

Pedro: Eu não queria te contar, mas eu disse pra ele que não queria mais fazer a aposta e ele tomou raiva. Depois, descobriu que eu estava apaixonado por você, te sequestrou e me machucou porque você foi salva...

Eu: Ele te machucou porque você saiu da aposta?

Pedro: Aham... Mas, eu não ligo, finalmente me livrei desse infeliz. Ele morreu. Pronto, acabou.

Nathalia: Pedro. Você disse que ama a Juliana. A gente não acredita mais em você, tenta entender isso... Não adianta você falar nada, porque a gente não acredita mais em nenhuma palavra sua! – Nathalia falou, olhando dentro dos olhos dele.

Pedro: Não acreditam? Ju, você não acredita que eu te amo? Não acredita? É mesmo? Pode perguntar a minha mãe... Perguntem ao meu pai... Perguntem a todos que quiserem! Todos vão dizer que eu te amo, pois eu não parava um segundo de falar em você, Ju. Eu te amo tanto! Você não tem noção! Você não sabe o quanto eu te amo! – nessa hora, uma lágrima caiu do olho dele.

Mãe: Ju. Eu estava ouvindo a conversa de vocês. O Pedro não está mentindo. Ele está falando a verdade. Eu, como mãe, posso dizer que meu filho te ama de verdade... Ele me conta tudo, não me esconde nada. Ontem passamos a tarde inteira conversando e ele me disse tudo o que te disse hoje, com uma carinha tão linda... Os olhos dele estavam brilhando, ele estava com um sorrisinho apaixonado... Meu filho realmente te ama. Sei que depois do que ele fez é muito difícil de acreditar, mas pense... Pense um pouquinho. Ele está falando a verdade! – ela disse. – Desculpa, mas não tinha como não ouvir essa conversa. Eu estou aqui na cozinha, qualquer coisa é só chamar. – ela disse, entrando na cozinha.

Pedro: Está vendo? Mas, não adiantou nada né? Você deve está pensando que eu pedi pra minha mãe te dizer isso, mas não pedi. Eu nem sabia que ela ia contar o que conversamos ontem, eu pedi segredo pra ela...

Eu: Tudo bem. Acho que já acabamos... Tchau. – eu disse, abrindo a porta e saindo com Nathalia.

Eu estava realmente surpresa com o que tinha acontecido. Eu não podia acreditar. Pedro estava mesmo falando a verdade? Será? Ai meu Deus... Eu não sei se devo acreditar, mas... Mas não posso negar que eu também não consegui esquece-lo ainda. Eu não acredito! Eu não posso acreditar! Eu não estou acreditando!

Eu não sei se estou errada, mas tenho certeza que eu, realmente, ainda amo Pedro Rodrigues.

<Continua...>

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