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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Teenage Dream - 1ª Parte - 5º Capítulo


Eu: Você está me achando com cara de idiota?
Nathalia: Não, por que?
Eu: Vamos chamar o Pedro pra uma festa, Nathalia? Será que não tem como você pensar antes de falar besteira?
Nathalia: Ju, isso não é besteira... Vamos pra festa, vai ser legal, aí você comenta com o Pedro e ele vai topar com certeza! Quem sabe não rola... Hein? Você sabe que é só você querer, né?
Eu: Nath, juro que você enlouqueceu! Eu não vou chamar o Pedro pra uma festa! E não vai rolar é nada, eu já lhe disse, deixe de ser insistente...
Nath: Pedro! Que bom que passou por aqui... Você está sabendo da festa na casa da Mariana? Aí ele diz que não... Aí você diz que vai, e que quem sabe se ele quisesse...
Eu: Não! Para, para, para, você enlouqueceu, não é? Tá maluca mesmo? Sua mãe colocou remedinhos a mais no seu café da manhã pra aumentar sua loucura?
Nath: Para você, Ju! Deixe de besteira...
Eu: Besteira é o que você quer que eu faça... Não tem nada haver!
Nath: Tem tudo haver, sua boba! Para com isso, ligue pra ele e fale da festa...
Eu: Não vou fazer isso, já disse mil vezes!
Nath: Não vai fazer?
Eu: Não! Por favor... Deixe eu me safar dessa!
Nath: Tá bom, tá bom. Você não quer falar, né?
Eu: Não, não quero, mesmo, Nathalia!
Nath: Tudo bem, tudo bem... – ela tomou remédio, mesmo, né? Concordando comigo? Era alguma piada, algum tipo de pegadinha?
Eu: É, mesmo? Quer dizer, não vai precisar eu dizer?
Nath: É claro que não, Ju. Se você não quer! Eu não vou te obrigar... Mas, não é por causa dessa sua besteira idiota e infantil que eu vou deixar o Pedro fora dessa né?
Eu: O quê? Não tô entendendo nada...
Nath: Você não quer convidar ele... Mas, isso não quer dizer que eu não o convide...
Eu: O quê? Nathalia eu te mato, eu juro que te mato, você não pode fazer isso! Por favor, não faça.
Nath: Deveria ter pensado antes de falar que não queria... Vou te dar outra chance. Você fala, ou eu falo.
Eu: Tá legal, tá legal, eu falo... É melhor do que você falar, né? Você pode dizer coisas a mais, inventar histórias, então... Eu mesma falo.
Nath: Agora!
Eu: O quê? Agora, não... Amanhã!
Nath: Mais a festa é depois de amanhã, Ju... Quebre esse galho. Se for hoje, ele vai ter tempo de escolher roupa e tal...
Eu: Ai, eu te odeio, Nathalia!
Nath: Acha que eu não sei? Eu sou demais, mesmo, viu?
Eu: Como eu vou falar com ele?
Nath: Sei lá... Se vira aí.
Eu: Claro, já sei...
Nath: Me conta!
Eu: Quer saber?
Nath: Quero...
Eu: Vai ficar querendo... Vou desligar tenho que me apressar, beijos, beijos, beijos!
Nath: Misteriosa! Depois você vai me contar tudo!
Eu: Tanto faz, tenho que ir!

Finalmente desliguei aquela droga de telefone... Precisava me arrumar. Eu ia na casa do Pedro, falar com ele pra ir a festa. Estava decidida a fazer isso. Eu queria muito fazer isso. Mas, estava nervosa... Quem não estaria né? Eu não sei se posso, se devo... Mas, eu sei que quero! Quer saber, eu vou! Eu vou na casa dele e falar da festa. Só preciso vestir uma roupa legal. Uma bermuda com uma blusinha básica não fica muito caseira e nem muito charmosa, né? Não quero parecer nenhuma das duas...

Pronto.

Mãe: Filha, vai sair?
Eu: Vou, mãe.
Mãe: Mas, Ju, vai pra onde?
Eu: Vou aqui do lado... Casa de um amigo.
Mãe: Não demore...

Fechei a porta e saí. Fiquei nervosa, o estômago embrulhando, mas minhas pernas parece que tiveram auto controle e foram por mim... Toquei a campainha! Ai, por que eu fiz isso?  

Pedro: Juliana! Você por aqui? Aconteceu alguma coisa?
Eu: Oi. Não, não. – o que eu falo? Completamente perdida! – Eu queria saber se você quer dar uma volta, pra a gente conversar...
Pedro: - sorrindo – claro, eu adoraria. Quer entrar?
Eu: Pode ser... – eu disse entrando.
Pedro: Estou sozinho, fique a vontade, só vou trocar a blusa. – Na minha frente, meu filho?
Eu: Tá, tudo bem... – eu disse entrando no quarto dele. – Nossa! Gostei do quarto... – era simples, mas diferente... Interessante.
Pedro: Não está muito organizado... – concordo, menino!

Ficamos um tempo calados, como sempre. Ele se dirigiu ao guarda-roupa e pegou uma blusa vermelha com um desenho de um coqueiro.

Eu: Quer que eu vire? – Idiota! Isso é coisa que se fale?
Pedro: - sorrindo – Se você quiser pode se virar, mas por mim tudo bem... – Ai! Ai! Ai! Essa doeu! Será que ele queria se exibir pra mim?
Eu: Tá... – falei sentando na cama dele. Ele tirou a camisa... Ai meu Deus, o que é que é isso, Jesus? Tremi... Mãos suaram... Estômago embrulhou... Ai, ai, ai, isso não está dando certo. Ele vestiu a camisa.
Pedro: Vamos?
Eu: Vamos. – disse levantando-me.

Saímos da casa dele e fomos caminhando até uma pracinha que tinha ali perto.

Eu: Você está sabendo da festa da Mariana?
Pedro: Não fui convidado, mas fiquei sabendo... Você vai?
Eu: A Nathalia mencionou, mas não sei se vou...
Pedro: Ah...
Eu: Você iria?
Pedro: Quem sabe...
Eu: Vamos? Vai eu, você e a Nath.
Pedro: Pode ser... É amanhã, né?
Eu: Depois de amanhã.
Pedro: Ju – pela primeira vez ele me chama de Ju! Obrigada, Senhor! – posso lhe falar uma coisa?
Eu: Claro...

<Continua...>

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